19 de janeiro de 2012.
Nova York Zero Grau. No último dia da NRF ficamos com a impressão de que a crise de 2008, que recrudesce na Europa, por aqui bateu asas e voou. NY é um paraíso de compras e apesar dos números pouco alentadores da economia americana, os varejistas de NYC não tem porque se queixar. Com lojas modernas e altamente tecnológicas, recebem milhões de turistas anualmente que se deliciam com as ofertas estampadas em suas vitrines e gôndolas. O exótico e diferenciado ganha terreno em relação ao básico, ao igual. Cada um no seu foco, no seu estilo trabalha de maneira individual e inovadora cada metro quadrado da loja. Sim, estamos falando de supermercados. Supermercados diferentes, ousados, nada de lugar comum, nada de simples serviço na entrega de alimentos ao cliente. Assim é na Garden of Eden, que mais parece uma boutique. A loja com pouco mais de 500 metros quadrados, mistura uma fina e aconchegante decoração que abusa dos cestos de vime, da iluminação direcionada, das gôndolas de madeira, do suave aroma das especiarias e dos sabores que são ofertados, com o atendimento personalizado e produtos diferenciados e de alta qualidade alcançando um faturamento de 1 milhão de dólares ao mês. Já a Trade Joes, se diferencia na medida em que se apresenta menos boutique e mais rústica, abusando da oferta de produtos private label com bons preços, decora suas lojas com um cuidadoso requinte rústico, trabalhando toda a comunicação visual através de desenhos de artistas locais. Mas a Fairway, com 4 lojas em NYC aposta nos produtos orgânicos, nos produtos especiais para a comunidade judaica, são lojas de aproximadamente 3 mil metros quadrados recheadas cada uma com 20 mil skus que fazem a loja atingir um faturamento mensal equivalente a 10 milhões de dólares. E a Stew Leonardo`s? Esta procura trazer para a cidade os ares do campo, ambientando seus espaços à moda Texana, onde podemos ouvir o mugido do gado quando nos aproximamos dos locais onde se vendem carnes e laticínios. Todas essas lojas tornam fascinante a visita a supermercados, pois nada elas tem em comum a não ser vender alimentos e ostentarem grandes e interessantes faturamentos.
De Nova York para a AGAS, Clara Machado.