A capacidade de reorganização e a resiliência espacial

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O planejamento para a resiliência necessita considerar impactos e os fatores de pressão de dentro e fora das cidades. A antecipação é um desses fatores, pois promove a identificação dos tipos de eventos que o sistema deve ser capaz de prever. A partir das rotinas e antecipações dos eventos, é possível reorganizar as funções e recursos de forma permanente ou, por intermédio de preparativos para a mobilização. Esse processo corresponde primeiro ao que se chama de imunização, para tornar o sistema imunitário para a ameaça, por exemplo, movendo-se para fora de uma área de risco. No entanto a imunização pode, em muitos casos, ser apenas parcial. Um sistema pode ser imune a efeitos só até um certo ponto, o que pode diminuir o impacto de eventos, mesmo quando os limites forem ultrapassados. Isso, então, representa um amortecedor. A diferença entre os amortecedores é que degradam lentamente quando os limites forem ultrapassados. Em ambos os casos, o sistema ganha tempo, para detectar e reagir ao evento em curso, mas, no caso da necessidade de uma resposta mais forte e rápida, recomenda-se uma ação imunizante, que é sem dúvida a estratégia mais forte, mas nem sempre possível. O sistema pode então reorganizar e ajustar a sua capacidade de (a) detectar e compreender o sentido do aparecimento de eventos (monitoramento), (b) ajustar e preparar modos de operação que podem ser mobilizadas após a detecção, (c) ajustar as capacidades das respostas, por si só, organizando a atuação durante a resposta. Também é importante identificar as variáveis como tamanho do sistema, propriedades espaciais como conectividade e estrutura, e variação espacial. Pois as cidades não são apenas sistemas adaptativos ou social-ecológicos complexos, elas também são sistemas espaciais. Isso significa que, a resiliência espacial nada mais é do que, uma interação, em diferentes escalas, entre os atributos espaciais do sistema e os diferentes componentes do sistema (como elementos, interações, capacidade de adaptação, memória e história), que são normalmente incluídos nas definições de resiliência.

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