A noção de resiliência surgiu pela primeira vez em planejamento urbano na década de 1990, onde os estudiosos consideravam a resiliência como a capacidade de um sistema social para suportar perturbações e se reorganizar na sequência de alterações orientadas a perturbação. Mais tarde uma definição interessante veio das ciências sociais, onde a resiliência foi vista como uma consequência da crescente complexidade, incerteza e insegurança na busca de novas abordagens para a adaptação e sobrevivência. Estudos mais recentes, realizados por Jabareen (2013) evidenciaram que a compreensão da resiliência muitas vezes vem sendo empregada através de uma concepção limitada. Concentrando-se em um único ou pequeno número de fatores de resiliência urbana, o que pode levar à exclusão de características importantes que afetam o desempenho de uma cidade a partir da perspectiva mais ampla da resiliência. Considerando que, uma cidade tem uma variedade de dimensões, sociais, econômicas, culturais, ambientais e espaciais, a resiliência em uma concepção mais ampla pode permitir aprender com as experiências passadas, tanto positivas como negativas, e identificar formas de melhorar o planejamento e se preparar para futuros distúrbios, pode permitir criar uma melhor capacidade adaptativa para as condições climáticas que se apresentam, pode preparar respostas para às condições futuras, além de ampliar a visão sobre o ordenamento do território. Cidades resilientes são capazes de absorver, adaptar-se e responder diante das alterações em um sistema urbano. Resiliência relaciona-se com outras metas urbanas contemporâneas fundamentais, tais como a sustentabilidade, governança e o desenvolvimento econômico. Cada uma destas questões é vista através das lentes da capacidade de um sistema urbano transmitir informações e recursos. A resiliência compreendida neste sentido passa a ser o centro dos esforços de planejamento inteligente de uma cidade. Assim, o planejamento para a resistência necessita considerar impactos e os fatores de pressão de dentro e fora das cidades, observando a rede que se forma a partir da cidade. Requer ainda, uma avaliação sobre os componentes dessa rede que são vulneráveis, permitindo obter melhor compreensão sobre como esses componentes facilitam certas interações, e quais as suas capacidades para projetar e influenciar outros componentes a partir destas interações com o objetivo final de alcançar resiliência.