Este tema tem sido alvo de muitas indagações, dúvidas e até certo ponto vem demonstrando uma dose de ansiedade ou inquietação por muitos dos envolvidos com a atividade do varejo. Quando começo a refletir sobre este assunto, de imediato, me vem à mente as palavras de Terry Jones da Kaiaki e mentor da Travelocity, primeira agencia de turismo “.com” da América. Terry afirma que o empresário, seja ele varejista ou fornecedor não aprendeu a relacionar-se com o seu cliente, vivemos hoje em um mundo impulsionado pela velocidade e a conveniência e são estes os fatores que norteiam os desejos de quem consome. Alem disso, as empresas e de um modo geral as pessoas, insistem em não querer perceber a obsolescência de seus negócios ignorando que a técnica segue a tecnologia o que fatalmente acabará gerando um curto circuito que explodirá o negócio. Poucos são aqueles que se reinventam e conseguem sobreviver, pois segundo Terry, ser criativo é pensar em coisas novas, no entanto ser inovador é fazer coisa novas, as mudanças são inevitáveis, porém, o crescimento é opcional. Pois bem, nessa linha de raciocínio, o “novo” assombra, apavora e desestabiliza a rotina, situação um tanto curiosa, pois o varejo, conhecido por ser o mais veloz dos setores, vem imprimindo sua velocidade na rotina, sem contudo, depositar um “olhar” para o que pode ser feito de diferente. Quando a tecnologia bate à porta, a transformação é inevitável, lembram dos velhos discos de vinil? Da mesma forma, o dinheiro que já foi de papel, hoje é de plástico e amanhã será materializado via bluetooth através da ajuda de um smartphone. São transformações como estas que estão latentes nas nossas lojas físicas e necessitam aflorar, para se integrar ao novo, ao digital e a tudo aquilo que os avanços tecnológicos trazem em via de mão única.