Barcelona, 27 de março de 2012
Da Barcelona de Messi, Gaudí e do inacabado templo da Sagrada Família, iniciamos nosso périplo pelos corredores e pelas esquinas da mais importante feira de alimentos do velho mundo. Magnífica, a feira que se desenrola nos sete grandes pavilhões que a abriga e ao caminhar por seus amplos corredores vamos vendo o charme que contém. A Alimentaria é charmosa pela maneira aconchegante que se manifesta para o público que a visita, charmosa na medida em que encanta o visitante fazendo-o entrar no clima dos vinhos, do azeite de oliva, dos queijos e é claro, do jamón ibérico. Mas a Alimentaria não se resume a isso, é mais, tem a “burrata”, fino queijo de leite de búfola, extremanente cremoso e saboroso, incentiva o enoturismo por entre as muitas “bodegas” que lá estão a exibir seus mais finos vinhos, e apresenta os mais puros azeites de oliva extra virgens do planeta. Hortifruti extra fresco? Sim, é possível com a tecnologia de balcões que “burrifam” de tempos em tempos umidade sobre os vegetais a uma temperatura de 6 graus centígrados. Além das conferências, que atualizam as mais novas tendências de mercado, como a preocupação dos pesquisadores da Universidade de Marseille com o desenvolvimento de novos produtos alimentares que agreguem valor para o consumidor, como o caso do arroz, que passará de simples amido a alimento nutritivo com a adição de vitaminas que não evaporam com o cozimento, ou a tecnologia de congelamento de peixes e crustáceos que garantem uma saudabilidade superior a dos peixes e crustáceos frescos, isso sem falar das tendências de mercado que apontam para a praticidade na oferta de produtos manipulados para entrega ao consumidor, como hortifrutigranjeiros, cortados, descascados e embalados praticamente prontos para consumo.
Clara Machado