Em tempos de economia aquecida, quando as oportunidades batem à porta dos capacitados, seria de se imaginar todos os setores econômicos isentos, ou pelo menos não tão afetados pelos sobressaltos do turn over (rotatividade de pessoal), porém, essa não é a realidade que vem à tona no varejo em geral. O turn over ou rotatividade de pessoal tem sido palco de muitas das preocupações dos empresários ligados ao varejo.
Mas, onde reside o foco do problema? O foco, talvez não seja único, pois recrutar, selecionar, contratar e manter demandam muitas frentes com variados focos. Vislumbra-se, um cenário, com quatro pilares fundamentais: o recrutamento e seleção, a capacitação, o clima organizacional e a gestão orientada para a manutenção e engajamento dos recursos humanos.
Que tal então, começarmos pela porta de entrada? A porta de entrada das empresas atuantes no varejo se dá pela forma com que buscamos os profissionais no mercado e para se obter êxito, esta busca deve obedecer a critérios de recrutamento e seleção de pessoal adaptados e orientados para o “chão de loja”.
Entretanto, não é suficiente, apenas recrutar e selecionar de forma orientada para o “chão de loja”, é preciso muito mais esforços conjuntos para se alcançar o objetivo da redução do turn over, passando pela capacitação destes recursos de forma holística. Neste sentido, já no inicio deste ano, Gerd Wolfram – Diretor da Metro Systems, em seminário realizado na NRF 2012 afirmou que o maior desafio é o processo de treinamento das pessoas, de absolutamente todos os colaboradores, pois na visão dele é fundamental tornar as pessoas cientes das tendências e dos novos processos que envolvem as lojas como um todo.
Porém, de nada adiantam essas medidas, ainda que indispensáveis, se não houver um bom clima organizacional. Assim como passamos horas de nossos dias, planejando e pensando nos nossos clientes externos, devemos dedicar, tempo igual para os nossos clientes internos. E, ai, devemos depositar nossos esforços no endomarketing, área aplicada do marketing que é responsável pelo desenvolvimento de ações de integração, divulgação e engajamento do lado de dentro das organizações.
A par disso tudo, o quarto pilar reflete uma importância ainda maior no processo de redução do turn over, trata-se da gestão orientada para a manutenção e engajamento dos recursos humanos. Os gestores devem ter em mente a precisão cirúrgica da sua participação neste processo, perfazendo-se plenamente engajados com os objetivos e preliminarmente capacitados para este fim, como verdadeiras peças integrantes de uma engrenagem que é a mola propulsora para a redução do turn over.