14 de janeiro de 2012.New York, tempo nublado temperatura em torno de 5 graus negativos. Hoje durante todo o dia o tempo permaneceu assim e a temperatura oscilando entre frio e congelado, mas sem neve!A NRF ainda não começou, mas já é difícil escolher um tema apenas para comentar, tamanha a riqueza em se tratando de varejo em geral.Nosso grupo, aqui na NRF é bastante voluntarioso e tem, desde muito, assumido compromissos com o desenvolvimento do setor supermercadista, organizando uma intensa e interessante programação com vistas a levar aos associados da AGAS as mais recentes novidades do varejo mundial. O ponto alto do dia, foi a palestra ministrada por Willian Drake (Bill Drake) da Cornell Food Industry Management Program, professor da Universidade de Cornell que abordou o tema: “ Growth in na unforgiving enviroment” – “Crescimento em um ambiente que não perdoa”, apontando as principais tendências do mercado de varejo alimentar Americano.Segundo o professor Bill, o varejo de alimentos Americano é muito concentrado nas mãos de poucas e grandes redes (41 %) e esta concentração tende a aumentar nos próximos anos, principalmente fixando-se em mãos de grupos como o WalMart, que detém a interessante posição de a cada 4 dólares gastos pelos americanos em alimentos, 1 dólar lhes pertencer.Com a crise econômica iniciada em 2008, houve uma inversão nos hábitos dos Americanos, que deixaram de fazer refeições fora de casa, passando a fazê-las em casa. A atual crise econômica é considerada por Bill a mais profunda e longa desde 1948 (pós 2ª. Guerra mundial) e com ela são visíveis as seguintes transformações nos hábitos dos consumidores Americanos: Os Americanos estão indo menos a restaurantesAs lojas destinadas a atender os públicos de classes mais altas estão sentido mais fortemente a crise econômicaOs produtos marca própria ganharam força, uma vez que são de excelente qualidade e baixo custoEstá havendo uma migração de preferências de produtos exóticos para os produtos mais básicosRessaltou, também, que o tema da tecnologia cada vez mais ganha terreno no varejo alimentar. O grupo Tesco na Coréia do Sul, recentemente lançou o “Homeplus”, que nada mais é do que a simulação de gôndolas de supermercado em uma estação de metrô. A imagem da gôndola com os produtos e preços é projetada nas paredes do metrô e o consumidor realiza suas compras através do seu smartphone, quando chega em casa o produto já está lá ( o tempo da entrega na casa do cliente é praticamente o mesmo que o clientex leva percorrendo o caminho até sua casa de metrô). O grupo Jumbo, no Chile, também teve iniciativa semelhante, agora no último trimestre de 2011.Bill comenta que o Americano não mais conversa para se comunicar, o Americano escreve! Escreve no smartphone mensagens, torpedos, etc… e gasta aproximadamente 22% do seu tempo em redes sociais.Na onda da saudabilidade alimentar, as farmácias estão entrando na briga! A rede de farmácias Walgreens formatou novo conceito para suas lojas e passou a ofertar aos consumidores alimentos congelados considerados saudáveis e cuja certificação de saudabilidade é proferida por um grupo médico. Desta forma o meio farma procura ampliar a área de atuação e o conceito de saúde para o corpo e mente.De Nova York para a AGAS, Clara Machado.