Varejo tradicional ou digital?

Recentemente nos EUA foram realizadas pesquisas sobre o comportamento dos consumidores, o novo cenário do varejo e as maiores tendências do setor varejista, tanto na perspectiva destes, como dos fornecedores e os achados apontaram para um resultado mais significativo, que de fato altera comportamento e o posicionamento dos consumidores: “Eu aceito viver com menos”. Pós crise, assim o consumidor Americano se declara e com este posicionamento acirra a demanda por cupons de descontos que frenetizaram o varejo americano nos últimos tempos. Mas não só de cupons de descontos se fez a mudança de hábitos, ela também residiu na adoção consciente da marca própria pelas famílias americanas, que assim procedem no dia a dia, deixando as marcas tradicionais para situações especiais. E, como não poderia deixar de ser, veio a tona, a questão da tecnologia, que auxilia o consumidor a economizar tempo e dinheiro gerando para o varejista, o que se denomina de e-opportunity, ou seja, a capacidade do varejista visualizar oportunidade nesse novo cenário que envolve tecnologia digital e exigências dos consumidores, adaptando-se positivamente.

A par dos EUA, o ápice dos debates mundiais se concentram atualmente no avanço inevitável da tecnologia rumo ao chão de loja e o anseio do novo consumidor em relação à praticidade e celeridade. As novas mídias e suas múltiplas facetas devem ser desvendadas pelo varejo e indústria para delas se extrair os melhores benefícios para o negócio, os novos formatos das lojas físicas e suas propostas também devem estar em plena sintonia com as mídias empregadas para gerar efetivo valor, valor este de interação e intimidade com o cliente.

No Brasil, não é diferente, já estamos efetivamente vivendo estes novos tempos e também aqui, os consumidores estão buscando estes mesmos valores. Vivemos em um mundo impulsionado pela velocidade e a conveniência onde o que pode muitas vezes parecer óbvio como os badalos de sinos, cujos sons já conhecemos, contem mistérios ainda não desvendados que nos conduzirão por caminhos que inevitavelmente teremos que aprender a percorrer.

Infelizmente não estamos falando de uma receita de bolo, pois não esta pronta, ou escrita, trata-se da construção de uma caminhada inversa, do fim para o inicio, ou seja, de se trazer o futuro para o presente e então avançar com estratégia.

Derivando-se deste tema, latente, se renova a pergunta: qual será o futuro das lojas físicas?

Em resposta a essa pergunta, experientes varejistas de todo mundo se voltaram para o que há de melhor e mais moderno na compreensão da experiência do consumidor intermediada por iniciativas de TI com o objetivo de incrementar as vendas e as margens de lucro. Permitindo experiências de compra transformadoras: As lojas precisam ser cada vez mais atrativas e convenientes aos clientes e a integração da loja física com o e-commerce é um caminho de mão única. Assim, para se ter sucesso é preciso ter em mente que novas tecnologias devem apoiar o modelo central do negócio e identificar este ponto talvez seja um dos desafios a ser enfrentado pelos lojistas. Entretanto, o maior de todos os desafios é o processo de treinamento das pessoas. O treinamento é fundamental, tornar as pessoas cientes do novo processo, do novo modelo de negócio que engloba o atendimento na loja física, tanto do operador de caixa, quanto do auxiliar do almoxarifado e expedição que irá selecionar e expedir as compras feitas através do e-commerce é a chave do sucesso do empreendimento. De nada adianta o investimento em TI se o processo não for entendido por inteiro pelo colaborador.
Como marco, sair do gigantesco e passar ao pequeno, ao vizinho e prático, perfaz a grande tendência para as lojas físicas, mas sobretudo, cabe ao varejista aprender a explorar os vários canais, pois hoje e amanhã o varejo será cada vez mais multicanal.

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